quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Análise de Terras do Sul do Piauí

Por ocasião da nossa visita ao Sul do Piauí coletamos inúmeras amostras de terras. As análises físicas revelam que a classificação textural é arenosa sendo de 50% de areia fina, 25% de areia grossa, 20% de argila e 5% de silte. Do ponto de vista agrícola as areias finas predominantes e o bom teor de silte não tem influência na atividade química, entretanto permite melhor agregação que areia grossa em calagem e adubação.

Com relação a análise de micronutrientes temos um baixo teor de cobre e boro e médio teor de zinco e manganês. O cálcio e matéria orgânica têm teores razoáveis.

Resultado da análise química: PH alto ou seja teor de acidez elevado, magnésio médio potássio baixo e fósforo muito baixo. O que mais nos surpreendeu é o fato dessas terras terem a capacidade de troca catiônica, CTC alta. O que equivale a dizer que são terras com capacidade de reagir e aceitar uma calagem e responder bem a adubação.

Em termos comparativos com a região Oeste da Bahia, consagrada como pólo produtor de grãos, as terras do Piauí têm o potencial de produção agrícola de 8 a 10% maior. Essas terras tenderão a melhorar ainda mais a medida que for praticando a agricultura sustentável.

Portanto, a análise física e química das terras confirmam o que pode se observar na prática. A vegetação densa com rendimento lenhoso de mais de 300 m³ por ha, enquanto no Oeste da Bahia o rendimento é de 30 m³ por ha, as árvores eretas e altas denotam que o subsolo é rico haja vista a presença de poços jorrantes com saída de água intermitente, o que caracteriza a bacia do Parnaíba e aqüífero Poti onde estão assentadas estas terras do Sul do Piauí. A esta notícia acrescenta-se que o empresário Eike Batista recentemente descobriu nessa mesma bacia uma reserva de gás natural equivalente a metade de toda a reserva existente na Bolívia.


Luiz K. Yamamoto.