terça-feira, 21 de setembro de 2010

Pantanal Corumbá - MS

Há 20 anos conheci o Pantanal Matogrossense. Recentemente fretamos um avião Cesna monomotor e realizamos uma vistoria Panorâmica, na fazenda Pantanal, à venda, objeto portanto da visita.

Comparando-se com que estava gravado há 20 anos na minha memória, o Pantanal de hoje está bem diferente. Não sei se por conta da seca atual ou, para variar, pela ação nefasta do homem.

O avião partiu de Corumbá e sobrevoamos o Rio Paraguai e seus tributários. No início vi muitas áreas alagadas, mas a medida que avançamos na direção da Fazenda Pantanal, a paisagem se modificava. São vastas áreas de pastagens nativas queimadas pelo fogo ateado pelos homens. Fumaça por todo lado. Os riachos e aqueles corixos, poças de águas, secando com milhares de aves principalmente garças pescando os peixes agonizantes nas águas rasas, um verdadeiro massacre.

Vi também o leito de um rio muito importante, - rio Taquari - seco que a natureza se encarregou de mudar de curso. O curso atual está logo mais adiante, enquanto o leito natural secou.

A paisagem mudou. Foi quando o piloto disse que adentramos a fazenda Pantanal. Os lagos estavam mais rasos, mas nada parecido com o que vimos atrás. As paisagens ainda verdes com o gado espalhado em blocos. Represas naturais e muitas represas artificiais construídas pela fazenda, com a água servindo de bebedouros para o gado.

No interior da fazenda Pantanal, todas as benfeitorias, como casas, currais, galpões, armazéns, refeitórios, igreja, cercas, pastagens nativas e plantadas estão bem conservadas. Sobrevoamos o rio Taquari em quase toda a sua extensão e as APP's asseguram a sua conservação. Eis ai exemplo: Basta o homem querer conservar e a natureza se encarrega do resto. Os animais nativos convivem pacificamente com o gado. Até as onças pardas preferem se alimentar de emas e capivaras do que de bezerros. Só os jacarés que não têm inimigos naturais estão aumentando desproporcionalmente tornando-se uma praga.


Luiz K. Yamamoto

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Fazenda em Corumbá - MS

Dr. Luiz K. Yamamoto e o Engenheiro Agrônomo Fernando estão no Mato Grosso do Sul  visitando a Fazenda Corumbá, a venda em nosso site:


 
•A Fazenda pertence ao mesmo dono há 35 anos. Com capacidade de suporte de 1 cabeça / 3 ha de cria ou engorda de 1000 fêmeas/ano. Produz gado P.O.


•Cumpre todos os requisitos da função social preconizados pela lei: o GUT (grau de utilização da terra) é de 100%, portanto acima dos 80% exigidos pela lei. O GEE (grau de eficiência na exploração) é de 247,8%, bem acima dos 100% exigidos. Mantém a APP conservada e a Reserva Legal devidamente averbada. Mantém uma ótima relação trabalhista e o bem estar dos trabalhadores.

•O valor refere-se a terra nua e benfeitorias exceto o rebanho (preço de mercado) e pertences particulares.
 
Um belíssima fazenda, totalmente pronta para a pecuária.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Análise de Terras do Sul do Piauí

Por ocasião da nossa visita ao Sul do Piauí coletamos inúmeras amostras de terras. As análises físicas revelam que a classificação textural é arenosa sendo de 50% de areia fina, 25% de areia grossa, 20% de argila e 5% de silte. Do ponto de vista agrícola as areias finas predominantes e o bom teor de silte não tem influência na atividade química, entretanto permite melhor agregação que areia grossa em calagem e adubação.

Com relação a análise de micronutrientes temos um baixo teor de cobre e boro e médio teor de zinco e manganês. O cálcio e matéria orgânica têm teores razoáveis.

Resultado da análise química: PH alto ou seja teor de acidez elevado, magnésio médio potássio baixo e fósforo muito baixo. O que mais nos surpreendeu é o fato dessas terras terem a capacidade de troca catiônica, CTC alta. O que equivale a dizer que são terras com capacidade de reagir e aceitar uma calagem e responder bem a adubação.

Em termos comparativos com a região Oeste da Bahia, consagrada como pólo produtor de grãos, as terras do Piauí têm o potencial de produção agrícola de 8 a 10% maior. Essas terras tenderão a melhorar ainda mais a medida que for praticando a agricultura sustentável.

Portanto, a análise física e química das terras confirmam o que pode se observar na prática. A vegetação densa com rendimento lenhoso de mais de 300 m³ por ha, enquanto no Oeste da Bahia o rendimento é de 30 m³ por ha, as árvores eretas e altas denotam que o subsolo é rico haja vista a presença de poços jorrantes com saída de água intermitente, o que caracteriza a bacia do Parnaíba e aqüífero Poti onde estão assentadas estas terras do Sul do Piauí. A esta notícia acrescenta-se que o empresário Eike Batista recentemente descobriu nessa mesma bacia uma reserva de gás natural equivalente a metade de toda a reserva existente na Bolívia.


Luiz K. Yamamoto.

Eucalipto no Piauí

Por Luiz K. Yamamoto
Na região do Canto do Buriti - PI, no local conhecido como Chapada da Serra dos Gerais, vimos um experimento conduzido por empresa de energia termoelétrica, em uma área plantada de 5000 ha de eucalipto. São diversas variedades inclusive os eucaliptus clonais. O projeto, segundo as placas indicativas, foi implantado em 2007 e as plantas encontram-se em ótimo estado vegetativo. Logo mais adiante, a empresa está plantando mais 20.000 ha de eucalipto, desta vez com variedades e espaçamento já definidos pelo experimento. Conta-se que o projeto total será de 100 mil ha.

A planta será utilizada para produção de bioenergia e todas as áreas já possuem o projeto de sequestro de carbono.